REFORMA DA PREVIDÊNCIA: A PREOCUPAÇÃO DE MUITOS
REFORMA DA
PREVIDÊNCIA: A PREOCUPAÇÃO DE MUITOS
Por Arthur Salvação e Felipe Matheus
Prestes a concluir o ano, o presidente Michel Temer, faz de
tudo para conseguir reunir os votos a seu favor, na tentativa de realizar a
votação da impopular Reforma da Previdência na próxima semana na Câmara.
Tendo
em vista que, em 2018, ano eleitoral, a tarefa tende a ficar acirrada.
Dentre os argumentos usados para sensibilizar os
parlamentares e os brasileiros, está o potencial efeito da economia. De acordo com o
governo, é de fundamental importância que a reforma seja aprovada para
equilibrar as contas públicas e fortificar a recuperação do PIB (Produto
Interno Bruto). Por
outro lado, caso a proposta seja ignorada, a economia do Brasil deve
voltar à recessão em 2018, afirma uma nota divulgada pelo Ministério do
Planejamento.
Enquanto algumas pessoas veem o risco real da atividade
econômica retroceder sem as mudanças na Previdência, há também, pessoas que
dizem que o governo está fazendo um tipo de “terrorismo” para aprovar a
proposta com a vontade popular.
RUMO PARA A RECESSÃO, SEGUNDO O GOVERNO
Rombos e mais rombos milionários são contabilizados nas
contas do governo federal desde 2014. Esse é um reflexo da perda de arrecadação
e do constante aumento de gastos obrigatórios com os benefícios da Previdência.
Segundo o governo, como o índice de envelhecimento da população brasileira está
se
elevando, sem a reforma, as estimativas indicam que o quadro tende a
piorar, aumentando gastos com a
aposentadoria.
Por meio de uma nota técnica “Os custos sociais da não
aprovação da Reforma da Previdência”, o Ministério do Planejamento calcula que,
com as regras mantidas, os gastos do INSS com benefícios e aposentos para idosos pobres representará 58% dos gastos do governo federal em 2022. Atualmente
o percentual está em 47%. A argumentação do Ministério do Planejamento, é que o
governo continuará registrando déficits em suas contas, sendo obrigado a
cortar os investimentos e aumentar às dívidas.
Com a crise econômica que o país vem passando, o Banco
Central divulgou dados que mostram a
dívida pública líquida, que antes vinha recuando gradualmente na última década,
deu um salto nos últimos anos, passando de 33% do PIB em outubro de 2015 para
50,7% do PIB no mesmo mês deste ano.
A perspectiva do ministério é a continuidade da expansão do endividamento
caso
a reforma seja rejeitada;
assim aumentará a incerteza em relação à capacidade de pagamento do
governo que terá que elevar juros para continuar financiando.
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