Processamento Sensorial: Os 5 sentidos a mais dentro do autismo
Processamento
Sensorial: Os 5 sentidos a mais dentro do autismo
Pessoas diagnosticadas
dentro do Espectro do Autismo demonstram habilidade hipersensorial conhecida
como Transtorno do Processamento Sensorial(TPS)
Identificado como sendo de ordem genética,
o Transtorno do Processamento Sensorial (TPS) é mais comum em autistas e
consiste na captação rápida e intensa dos estímulos do meio ambiente. O cérebro
dos acometidos pelo TPS demonstra hiper reações e sensações além dos cinco
sentidos natos do ser humano. O tato, o olfato, o paladar, a visão e a audição
são geneticamente aguçados e a resposta a esses estímulos dos sentidos são as
mais impressionantes e imprevisíveis. Detalhes e percepções que passam
despercebidos pela maioria das pessoas são precisamente notados e respondidos
sensorialmente.
Além dos cinco sentidos, existem outros que são totalmente desconhecidos
pela maioria da população
Ao contrário do que muitos sabem, os
sentidos do ser humano são dez. Além dos cinco mais popularmente conhecidos,
existem outros: o vestibular - relacionado ao equilíbrio (sua origem está na
audição); o da propriocepção - está ligado à postura, a contração muscular (fazer
atividades sem olhar para o que se faz; sentir o peso dos objetos; ter sensação
de “controle” sobre o próprio corpo,);
o da interocepção - cuja relação se encontra nas sensações
interiores de fome, sede, sono, bexiga cheia, batimentos cardíacos e cansaço; o
da nocicepção (sensação de dor) e o de termo-cepção (registro de temperatura –
frio, quente etc.)
Ana Maria, mãe do Renê Thiago de 8 anos, se
surpreende com as habilidades do filho que é autista
A dona de casa Ana Maria Lima, 41
anos, lida todos os dias com o Transtorno do Processamento Sensorial dentro da
sua própria casa. Mãe de dois filhos, se surpreendeu com diagnóstico de autismo
do seu caçula, Renê Thiago, quando a criança ainda tinha dois anos de idade.
Mesmo apresentando grau baixo de autismo, Thiago demonstra inúmeras habilidades
dotadas do seu TPS. “Ele tem facilidades em identificar coisas relacionadas ao
olfato. Mesmo que eu lave um recipiente que guardou algo, o Thiago ainda assim
consegue dizer o que estava anteriormente naquele lugar, apenas pelo cheiro.
Além disso, a coordenação motora dele é atípica. Consegue andar em linha reta e
ter noção de espaço, mesmo não estando atentado ao alvo de sua locomoção”,
afirma a mãe da criança.
Mas, engana-se quem acredita que este
diagnóstico é exclusivo apenas das crianças autistas. Segundo dados de uma
pesquisa americana realizada pela SPD Foundation, 1 em cada 20 pessoas possui
algum problema de Transtorno de Processamento Sensorial. Embora sendo mais
facilmente identificado em crianças autistas, existem muitas crianças que se
enquadram nessa estatística e que ainda não foi descoberto seu transtorno.
Por outro lado, decorrente também do
Transtorno de Processamento Sensorial, as crianças desenvolvem a hipo
sensibilidade. Ou seja, a aversão aos sentidos, que muita das vezes provoca o
isolamento e a falta de integração social.
Para a reversão ou diminuição desse quadro, foi
desenvolvida a Terapia de Integração Social, criada em meados da década de 60,
que desempenha o lado da integração neurofisiológica da criança. É a partir
desta terapia que pessoas com dificuldade motora e dificuldade de socialização
são tratadas.
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