Fibromialgia – Síndrome pouco conhecida, atinge muitas pessoas sem saber
Fibromialgia – Síndrome pouco conhecida, atinge
muitas pessoas sem saber
Pesquisadores estudam tratamento para
amenizar os sintomas
Por Naryelle
Keyse e Michelle Martins
A
Fibromialgia é uma síndrome basicamente desconhecida para a maioria da
população. Apesar da pouca visibilidade nos meios de comunicação e órgãos da
saúde, é muito frequente em todo o mundo. Em nosso país, cerca de 3% dos
brasileiros sofrem com os sintomas crônicos causados pela Fibromialgia (FM),
que em sua maioria são mulheres na faixa etária entre 34 e 57 anos. No entanto,
há casos em que crianças, adolescentes e também pessoas mais velhas são
acometidas pela Fibromialgia.
Foto: Google
Imagens
Infográfico
da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) e os números e dados da
Fibromialgia
Mas
afinal, o que é a Fibromialgia? De acordo com a Sociedade Brasileira de
Reumatologia, trata-se de um conjunto de fatores, caracterizando assim uma
síndrome clínica de difícil definição, pois sintomas podem ser facilmente
confundidos com outras doenças crônicas. Em geral ela se manifesta no corpo
todo (sem conseguir distinguir se é articular ou muscular) atrelado a fadiga,
sono (aquele em que a pessoa até dorme bem, mas acorda com a sensação de não
ter dormido), também apresenta ansiedade, formigamentos/dormências, depressão,
dores de cabeça, tontura e alterações intestinais.
Atriz
e escritora brasileira Dani Valente sofre a cerca de 02 anos com a Fibromialgia,
sua rotina é compartilhada com os fãs em sua rede social. (Foto: Reprodução do
Instagram)
Por ser uma síndrome que não há lesão, ou algo pontual/específico, seu diagnóstico é difícil de ser dado até pelos médicos. Não raro chegam a confundi-la com a depressão, que está presente em até 50% dos pacientes que convivem com a Fibromialgia, o que agrava ainda mais o quadro clínico dessas pessoas. Por não existir exames específicos, através desses sintomas o diagnóstico é exclusivamente clínico, com base nessas informações. Ela pode acompanhar o paciente durante a vida inteira; não é fatal, nem causa quaisquer danos aos locais afetados como articulações e órgãos. Ainda não há descoberta para a cura da Fibromialgia. Em muitas pessoas ela melhora com o tempo, e há casos nos quais os sintomas retrocedem quase totalmente.
Pesquisadores do Laboratório de Pesquisa Clínica e
Epidemiológica (PesqClin), do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), estudam novo tratamento para
pacientes de Fibromialgia.
No
início de outubro deste ano, pesquisadores na área da ciência da reabilitação
do Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do RI Grande do
Norte (HUOL/UFRN), buscaram voluntários que fossem comprovadamente acometidos
pela Fibromialgia, “Os interessados devem ser
pacientes com diagnóstico fechado da doença. Quem ingressar no programa não
entrará na fila do agendamento, terá dois meses de monitoramento e poderá ter
como benefício acesso a um tratamento não medicamentoso extremamente seguro e
de expressivos resultados científicos, através da estimulação transcraniana por
corrente contínua (ETCC)”, explicou o coordenador da pesquisa, o
fisioterapeuta Rodrigo Pegado para o site da
EBSERH - Hospitais Universitários Federais (Ministério da Educação).
De
acordo com a Sociedade Brasileira da Dor, os números no Rio Grande do Norte são
cerca de 68 mil pessoas, sendo 90% mulheres que sofrem com a Fibromialgia.

Referências:
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